O símbolo também tem conexão com a dinastia dos Hohenstaufan, a qual governou o Sacro Império Romano Germanico de 1138 até 1254. A dominação pela dinastia dos Hohenstaufen na Sicília teve início com um matrimônio de Estado entre Henrique VI e Constança de Altavilla, filha de Rogério II da Sicília, em 1185.
O imperador Henrique IV mantinha criados africanos negros. Consequentemente, seu filho, Frederico II (1194-1250), que era rei da Sicilia, demonstrava grande interesse nos Muçulmanos negros que permaneceram na Sicilia após a ilha ter voltado ao domínio cristão em 1061. Ele estabeleceu um enclave desses muçulmanos ao lado do seu palácio em Lucera na Itália, e recrutou seus músicos e guarda pessoal dessas comunidades.
Uma explicação para ele ter adotado africanos muçulmanos como seus criados era a sua pretenção de ser visto como um dominador do mundo. A presença dos negros simbolizaria a extenção do seu poder e faria uma relação aos domínios do império romano. Famílias nobres sicilianas teriam adotado a cabeça de um mouro em seu brasão em associação com a dinastia Hohenstaufan.
No século XV, um mouro, com a cabeça coroada ou ocasianalmente de corpo inteiro era comumente encontrado na heráltica alemã. Ainda nesta época, o símbolo se espalhou por quase toda europa como um símbolo heráldico.
No século XVI, a cabeça de um mouro era um símbolo relativamente comum na heráldica européia. Na itália o símbolo era usado especialmente por famílias no norte e no centro da península itálica. Sendo as primeiras aparições encontradas no século XI. Utilizado por famílias como Saraceni of Siena, Morandi de Genoa, Morese de Bologna, Negri de Vicenza e Pagani di Saluzzo. O que sugere que o símbolo era utilizado em referência a similaridade dos nomes com as palavras mouro, saraceno, pagão e negro. No entanto aparece também em brazões de outras famílias contemporâneas, como por exemplo Pucci.
O mouro na arte italiana geralmente é retratado decaptado com os olhos vendado por um pano branco. Diferentemente, na Alemanha, os mouros eram retratados decaptados e usando uma coroa e representariam a vitória sobre os mouros durante as cruzadas. Essas famílias teriam adquirido seus nomes de ancestrais cruzados.
Um exemplo da utilização deste símbolo em heraltica alemã nos dias atuais é o brasão da Sua Santidade, papa Bento XVI.
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ResponderExcluirgostei de ler este documentário estorrico
ResponderExcluirVale salientar que o uso do mouro coroado tem significado religioso: o escravo que foi liberto (no caso, do pecado). Inclusive esse é o significado do mouro do brasão de Bento XVI
ResponderExcluirNa heráldica,a "cabeça de mouro",mostrando um homem negro com uma faixa, se tornou emblema de lugares distantes.
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